O segundo dia do São Paulo Fashion Week, dia 18, 4a-feira, começou com o desfile da Ellus. Os convidados foram recepcionados por um aquário gigante, com um casal mergulhando, para lembrar uma antiga campanha publicitária. A marca apresentou peças totalmente comerciais, com muitas listras e zíperes, onde as cores preto e branco dominaram, com um ou outro toque de cor laranja e azul. O glamour das roupas ficou por conta do prata e de tecidos em seda. As modelos vestiam minishorts, calças de cós alto, coletes, jaquetas e vestidos longos e fluidos, com estampas. Já nos homens não se viu nada que fugisse muito do convencional, com exceção dos shorts, mais curtos.
A marca de moda praia recifense Movimento foi a segunda. As peças tinham cores fortes, como vermelho, roxo e laranja, e apagadas, como o marrom. Foi um desfile de muitas cores, com maiôs, biquínis e saídas-de-praia criados para vender. Mais uma vez essa edição do SPFW se confirmou como o de que as marcas, com uma ou outra exceção, desfilaram peças totalmente comerciais.
No desfile da Uma, de Raquel Davidowicz, predominaram combinações de preto com branco e, principalmente, com cores fortes, como amarelo, laranja e azul. As peças eram clássicas: camisa e calça para homens e vestidos tomara-que-caia ou tipo regata para as mulheres. Roupas comportadas, sem decotes e de maior comprimento, marcaram o desfile da grife. Os modelos usavam tênis, as modelos, sandálias com muitas fivelas. Um certo modelo de óculos escuros também marcou presença.
A V.Rom fugiu do preto da maioria dos desfiles anteriores e trouxe cores mais claras, estampas delicadas de flores, e algumas cores mais fortes. Também havia listrado e xadrez nos looks, que muitas vezes traziam lenços e chapéus de palha em sua composição. Os modelos carregavam maxibolsas e usavam paletós de estampas miúdas. Essa foi a marca da grife: muitas estampas, em cores apagadas e claras contrastando com peças azul piscina e amarelo.
Fause Haten, o primeiro brasileiro a pôr sua moda na New York Fashion Week, foi mais um que usou e abusou, no bom sentido, do preto. O estilista apresentou muitos vestidos, geralmente curtos, em estampas pequenas. Além do preto, houve também vermelho, verde, bronze, em peças ora muito coladas ao corpo, ora com volume nas saias. O desfile foi marcado pela elegância. Roupas feitas para festas.
Novamente o preto-e-branco marcou. No desfile da Triton, além das "cores-chave", havia peças com listras horizontais coloridas, minivestidos rosa bebê, estampas musicais. O volume estava presente nas saias e vestidos trazidos pela grife. A maquiagem forte denunciava o público para o qual as roupas foram destinadas: as jovens.
A última grife da noite foi a de moda praia Cia. Marítima, que confirmou o verão de muitas estampas da Movimento. As cores eram mais neutras e apagadas. Entretanto, o alvo dos comentários do desfile não foram as roupas: a modelo tcheca Karolina Kurkova exibiu um corpo um pouco diferente do visto até então. "Ela vacilou. Desfilar assim é o começo do fim", disse à Folha de São Paulo a também modelo Isabelli Fontana. Karolina foi defendida pelo cabeleireiro Marco Antônio de Biaggi: Ué, não reclamam que [as modelos] são anoréxicas?. Karolina é uma das modelos da Vitorias Secret.
Fonte: Camila Monroe - colaboradora do Assunto de Modelo
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