Organização do concurso Miss Brasil Infantil vive de aparências. Betto Brasil, representante do concurso em São José do Rio Preto, interior de São Paulo contratou a palestrante e escritora Margareth Libardi no início do mês de dezembro. Como forma de pagamento da venda dos livros, que foram pagos pelos pais no momento da tarde de autógrafos, Betto passou vários cheques de terceiros para a autora, sendo que o seu próprio cheque estava sem fundos. O que chama a atenção é que o cheque não está impresso com o nome Betto Brasil e sim Edner R dos antos Pereira. Não é considerado comum o uso de nome artístico ou pseudônimo quando nos referimos a um representante de concurso. Um nome diferente do de batismo é mais usado entre artistas. Nesse caso, pessoas envolvidas neste caso desconfiam de que o uso de nome diferente seja mesmo para despistar situações como esta.
Depois de várias tentativas de resolver o problema amigavelmente, através de e-mails, telefonemas, e Facebook, sem sucesso, a escritora recorreu ao presidente do MBI, Allan Schiestl. Até mesmo o pedido de não reapresentação do cheque no banco foi feito pelo representante do interior, que prometeu fazer o depósito em dinheiro. A autora esperou por semanas, em vão. O pagamento não foi realizado no dia combinado, nem depois. Na cidade do interior de São Paulo, Betto já passava por problemas desse gênero. Serviços não pagos, parceiros desfazendo negócios, candidatas desistindo da participação no concurso, entre outros. A renomada autora, que deveria ter sido hospedada em um hotel da cidade, conforme combinação com o contratante, ficou alojada num apartamento de um amigo do contratante. Uma surpresa desagradável, segundo a escritora. A falta de profissionalismo e de verba não terminou aí. A palestra foi realizada no Cinemark do shopping da região, sem iluminação adequada e sem estrutura para Power Point. Isso porque o responsável pela iluminação e equipamentos não compareceu. Suspeita-se de que foi mais um parceiro insatisfeito. Resultado: uma palestra realizada na penumbra.
Telefonemas não atendidos, e-mails não respondidos no início. Depois de um tempo, uma mensagem de Allan Schiestl dizendo que se responsabilizaria pelo pagamento não realizado por seu representante, o que não ocorreu até hoje.
Convidada para ser jurada da etapa São Paulo, no dia 23/1, a autora se recusou a participar do evento por não ter seu problema resolvido e pelo desgaste no relacionamento com os profissionais citados. Segundo Libardi, algo está muito errado. "Para onde vai o investimento que os pais fazem quando suas filhas participam do concurso?", ela questiona.
Para se precaver de situações como essas no meio artístico, é preciso pesquisar, saber quem é quem no mercado. E, mesmo com boas indicações, pessoas que mantém uma postura aparentemente correta por um tempo podem mudar a direção de uma hora para outra. Foi o que ocorreu com a autora, que se disponibilizou para uma viagem, trabalhou, colocou dedicação em suas atividades, para no final obter esse retorno negativo. Neste caso, informação nunca é demais. E que esta seja proviente de fontes confiáveis.
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Confira a tabela de valores cobrados das misses. A informação foi extraída do site do evento. http://www.missbrasilinfantil.com.br/miss-brasil-infantil-regulamento.html
5.4. Etapa Nacional - Títulos e Valores
a) As taxas de participação para a Grande Final Nacional ficam estipuladas da seguinte forma:
Misses Estaduais - R$ 500,00 (Quinhentos Reais);
1ª Princesas Estaduais - R$ 500,00 (Quinhentos Reais);
2ª Princesas Estaduais - R$ 500,00 (Quinhentos Reais);
Misses Simpatia Estaduais - R$ 500,00 (Quinhentos Reais);
Misses Brasil Infantil versão Beleza Negra - R$ 500,00 (Quinhentos Reais);
Misses Brasil Infantil versão Ilhas - R$ 500,00 (Quinhentos Reais);
b) O deslocamento da cidade das candidatas Estaduais até a cidade onde acontecerá a Final Nacional do Miss Brasil Infantil é responsabilidade da candidata e seus responsáveis legais.
Fonte: Natália Lima & Redação AM
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