MODELOS DESCOBERTAS EM 2003 CONTAM SOBRE SEUS TRABALHOS E REVELAM UM POUCO DAS MUDANÇAS EM SUAS VIDAS
O sonho de muitas meninas do mundo inteiro é ser modelo. Três delas são brasileiras, deram um passo decisivo na carreira e são vistas por seus agentes como grandes promessas. Franciele Morawski, Emília Cechele e Aline Webber trabalham como modelo há pouco tempo, mas já fizeram trabalhos importantes e mudaram radicalmente suas vidas.
Descoberta por Whenri Matias, da agência WM, quando comprava um celular para o irmão, Franciele, 14 anos, saiu de Vilena (RO) no início deste ano. Em pouco tempo fez um book e foi contratada para desfilar pela Ellus e Alexandre Herchcovitch no São Paulo Fashion Week. Dia 13 de março, a loira de 1,74 m e 43 kg embarcou para Nova York, onde vai ficar de um a dois meses e fará seu trabalho mais importante: 10 páginas de fotos para a Vogue Itália, clicadas por Steven Meisel. Ela diz que não está tão nervosa com a viagem, porque sua mãe vai junto, mas Fran, como é carinhosamente chamada na agência, está ansiosa com o resultado do trabalho.
De uma fazenda em Dourados (MS) veio Emília Cechele, 14, vencedora do 15º Elite Model Look 2003. Diferentemente de Franciele, Emília pensava tanto na profissão que já fazia um cursinho de modelo quanto foi descoberta por um booker da Elite. A sul-mato-grossense está morando em São Paulo desde o início do ano e desfilou por quase 10 estilistas no SPFW. Seu maior trabalho, entretanto, foi a campanha da Arezzo, logo depois de ter vencido o concurso, disputado por 62 mil meninas. Com 1,80 m e 57 kg, Emília diz que faz caminhadas, procura comer alimentos saudáveis, mas que não resiste a umas "bobagens" de vez em quando. Para ela, o mais curioso da profissão foi ter de fazer caras e bocas para as fotos. "Eu fazia uns `carões` e os fotógrafos ficavam empolgados, dizendo que aquela era a foto, que era para eu manter a expressão." Sobre trabalhar tão cedo, Emília afirma que não se importa porque ela adora o que faz. "No início, é difícil porque precisamos aprender como agir diante da câmera, mas depois a gente se solta porque sabe o que tem de fazer."
Tão jovem quanto as anteriores, 15 anos recém completados, Aline Webber saiu de Seara (SC) em outubro do ano passado e já fez trabalhos importantes. Apenas uma semana depois de ter chegado a São Paulo, Aline foi para Nova York, onde fotografou para a revista W, para a Vogue Teen e desfilou para Marc, segunda linha de Marc Jacobs. No Brasil, a loira também estrelou a campanha da Dryzun Jóias. "Tudo aconteceu muito rápido. Até o ano passado eu nunca havia saído de casa e nem andado de avião", revela a catarinense. Quem percebeu seu talento foi uma fotógrafa de uma cidade vizinha à dela e que a convidou para fazer um book. O resultado foi tão bom que a dona das fotos decidiu enviar algumas para agências de São Paulo. Aline visitou a Wired Models, gostou e decidiu ficar por lá. A jovem diz que quando desfilou seus 1,79 m e 53 kg pela primeira vez ficou emocionada: "Eu ficava olhando o estilo das roupas, achando tudo diferente".
Todas elas têm dificuldades por não estar constantemente perto da família e das outras pessoas de que gostam, morando em lugares diferentes e vivendo outras realidades. Mas no mundo da moda, em que a competição é acirrada e que tantos esforços são feitos para se conquistar o reconhecimento, essas meninas parecem estar no caminho certo e talvez sejam as sucessoras de profissionais famosas como Gisele Bündchen e Ana Hickmann.
Foto 1: Aline Webber Foto 2: Franciele
Fonte: Luiza Dalmazo
|
|
|
|