A 25ª Edição da São Paulo Fashion Week começou na última terça, 17 de junho, no pavilhão da Bienal. O Tema desse ano foi "Uma babel para o século XXI", que foi muito bem ilustrado pelo público presente, que incluía anônimos, celebridades e estudantes e profissionais da moda, com roupas clássicas, exóticas e modernas. O centenário da imigração japonesa foi a inspiração na decoração do evento, que ganhou o mesmo status de grande evento que a F1, conforme declarou o prefeito Gilberto Kassab.
A primeira marca a desfilar foi a Osklen. Tradicionalmente conhecida pela surfwear, a Osklen inovou ao trazer peças que fugiam de sua jovialidade típica, com cores mais neutras, como o bege, e brilho, tudo sob o som de chuva. Tecidos transparentes, brilhantes, amarrações marcaram as roupas para os homens.
Com sua conhecida habilidade para trabalhar o couro, o desfile de Patrícia Vieira surpreendeu mais uma vez. Várias peças não pareciam ser desse material, mas eram. Além do couro, ela usou camurça e película italiana, com cores apagadas, como preto, bege, marrom e verde-musgo. Mosaicos artesanais também marcaram as roupas da estilista. Para alguns participantes, os modelos das roupas de Patrícia deixaram um pouco à desejar.
A Forum by Tufi Dueki trouxe às passarelas peças inspiradas nas dunas maranhenses. Em sua coleção predominaram as cores claras, principalmente o branco, e o dourado. As "motoqueiras do rali dos sertões" vestiam peças clássicas, sem grandes decotes, com zíperes e bolsos. Modelos como Laís Oliveira, Isabelli Fontana e Michelle Alves arrancaram aplausos do público.
O otimismo nas cores vibrantes da 2nd Floor também foi uma marca do primeiro dia. As roupas da grife tinham alto caráter comercial, com peças "usáveis", segundo os que assistiam o evento, coloridas e bem boladas. O desfile da Ellus 2nd Floor pareceu maior, com seus 75 looks: os modelos tinham que cruzar em diagonal a passarela. O andamento foi mais lento, para evitar que os modelos se chocassem durante o desfile.
A coleção de Fábia Bercsek foi criativa. Como ainda é nova no ramo, precisa de patrocinadores. Esse ano foi a vez da marca Adidas, de roupa esportiva, que ela transformou muito bem em peças diferentes, como corpetes. Para alguns editores de moda que assistiram ao desfile, Patrícia provou que amadureceu. Ela deu um toque oriental às suas bonecas urbanas, que também vestiam as estampas da estilista.
O encerramento do primeiro dia ficou por conta da grife Do Estilista, de Marcelo Sommer, com o tema fantasia e roupas baseadas no cosplay japonês. A marca trouxe babados, comprimentos variados, volume e fluidez em imagens femininas, do imaginário, como a enfermeira e a noiva. Houve até uma roupa-esqueleto na passarela. Segundo o estilista, suas roupas foram feitas baseadas no que ele acredita, e não eram para vender. As roupas não-comerciais de Sommer causaram certo desconforto nos que viam um desfile até então usual.
Desde a 1ª edição o SPFW atraiu 1,6 milhão de pessoas, impulsiona 1,5 bilhão em negócios relacionados direta e indiretamente ao evento e oferece mais de 5 mil empregos diretos e indiretos, segundo a assessoria de imprensa do evento.
Fonte: Camila Monroe - colaboradora do Assunto de Modelo
|
|
|
|