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Data: 10/11/2010
Título: BULIMIA
O medo mórbido de engordar, associado aos "padrões" de beleza cada vez mais longilíneos, levam a jovem a uma dieta drástica. Faminta e ansiosa, apresenta o ataque de comer, que é a ingestão de uma grande quantidade de comida num curto período de tempo, acompanhada da sensação de falta de controle, culpa, vergonha e medo de engordar.
O pensamento oscila entre a comida e os ideais de beleza. A sensação de ter traído esses ideais, a culpa decorrente, a fazem buscar "formas de compensar", sendo o vômito autoprovocado o mais utilizado e vivenciado como alheio e repugnante ao indivíduo, porém incontrolável. A bulimia não é definida apenas na presença de vômito após o empanturramento. O uso de medicamentos (diuréticos, laxantes, mais raramente hormônio de tiróide), drogas (com intuito de emagrecimento), exercícios compulsivos visando a queima das calorias ingeridas no ataque de comer também a definem. Habitualmente, há uma combinação destes comportamentos, sempre acompanhados de medo mórbido de engordar e, frequentemente, em mulheres de peso normal ou mesmo abaixo.
Há alteração da forma pela qual a pessoa percebe a própria imagem e o "peso ideal" habitualmente é inviável e incompatível com o biotipo da pessoa.
Ataca de 1 a 3% das mulheres da adolescência em diante. São números oficiais, mas questionáveis, já que a bulímica pode permanecer oculta por muito tempo. Sua aparência é saudável e frequentemente há vergonha de procurar ajuda, especialmente quando o vômito se faz presente. Isso faz com que a bulimia possa ser tão perigosa quanto a anorexia, que apresenta evidentes sinais exteriores. A frequência é nitidamente maior em mulheres (9:1).
Pode vir acompanhada por outros transtornos, como ansiedade e depressão (até 75% dos casos), dificuldades afetivas, abuso de álcool e substâncias, baixo controle dos impulsos, furtos e, especialmente. Há baixa auto-estima, muitas vezes incompetência social, grande necessidade de aprovação externa, alteração da auto-imagem, impulsividade e supervalorização do que a magreza pode fazer por elas.
As consequências da bulimia não tratada vão desde irregularidades no ciclo menstrual, alterações cardiovasculares, morte por parada cardíaca (perda de eletrólitos importantes) e suicídio. Entre os sinais de advertência verifique se sua filha (aluna, familiar) vai ao banheiro sistematicamente após as refeições (pode estar vomitando). Diz tomar banho e liga o som? Faz exercícios de forma exagerada? Fala o tempo todo em emagrecimento, forma física, calorias? Você deu por falta de alguns dos medicamentos mencionados? Ou de dinheiro (pode estar comendo compulsivamente ou comprando medicamentos)?. Faz dieta e exercícios físicos e mesmo assim não perde peso? Come aparentemente bem ou até em excesso, mas emagreceu? Há inchaço nas maçãs do rosto ou no pescoço? Apresenta cicatrizes no dorso das mãos (atrito com a arcada dentária ao provocar o vomito)?
BULIMIA PODE E DEVE SER TRATADA! SUA VIDA OU A DE UM ENTE QUERIDO PODE ESTAR EM PERIGO!
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