Frida Giannini, a senhora Gucci, comemora 85 anos da grife e volta nos anos 60, com a silhueta "A", minissaias, shorts, em um caleidoscópio de cores para uma mulher viva, positiva e com personalidade. Para os acessórios, maxi-cintos, botas estilo "Beatles" e bolsas rígidas com correntes, para usar com casaquinhos, jaquetas e saias de seda fúcsia. A mulher à noite veste chifon, com estampas de cachemire, como a "Miss Sixty".
Mariella Burani é chique: Juliana Moreira, a bela brasileira que virou celebridade na Itália nesse verão, assiste ao show, dessa vez vestida totalmente diferente da outra (Clips). Ela encanta os italianos deixando as pernas nuas, com sandálias rosa que deixam aparecer sua tatuagem no pé.
Na platéia, com menor sucesso que a sul-americana, Ursula Andress, Amy Stewart, Marta Marzotto e outras menos conhecidas, como Paola Barale e Martina Spadacini. A estilista escolhe o hino da Itália para acompanhar o desfile, então todo mundo levanta no final, quando chega a música. Aliás, as outras canções são todas pop-italianas. A sua mulher é moderna, com tecidos de luxo e muitas cores, como testemunha o preto colocado nos lábios das modelos. O verão é feito de linho, seda, metal, saias estilo cigano, chapéus retrô, sem descobrir nunca a pele. No telão do desfile aparecem muitos quadros.
Antonio Marras conta a fábula das janas, fadas da Sardenha que, segundo a tradição, encontram-se a cada 300 anos para costurar vestidos perfeitos. Ele comemora 10 anos de trabalho com a valsa de "Eyes Wide Shut", passarela de ouro e ambientação de florestas mágicas, onde tem espaço também para bruxas. A inspiração é no "Sonho de uma noite de meio verão", com vestidos compridos, estampas de flores, shorts e minissaias de luxo. Uma fábula, de verdade.
Gaia Trussardi desenha uma mulher agressiva, "Next generation, com vestidos de pele com buracos, strass, trench, unidos à bolsa "loop bag", e as cores são muito fortes e deslumbrantes. A música é tocada com o piano e o violão por duas irmãs de Belgrado.
Alberta Ferretti não quer referências com o passado, só quer ser sexy e acabar o romantismo. Então, a feminilidade dela aparece com cores quentes como branco e ouro, cinza com pérolas, azul, bordados de cristal e costas nuas, vestidos de seda e trench. Essas mulheres fatais, leves e cheias de luz, não precisam "olhar para trás, mas devem olhar para frente".
Just Cavalli tem problemas com defensores dos animais - Peta - que invadem a passarela, desenhada como a quadra de futebol americano, mas não conseguem estragar o desfile, com referências esportivas e tricolores: moletons de ouro, vestidinhos-chifon com estampas e estilo olímpico, shorts esportivos, tênis com saltos altos, biquínis cariocas engraçados e alegres, trench e, como final, a mala Kelly, feita em ouro. Elegância, esportividade e sensualidade são as palavras-chave da coleção, "romântica active", apresentada para a Nicky Hilton no final.
Angelo Marani joga com as cartas: a sua mulher é jogadora, gosta de arriscar e dominar com sensualidade, sendo chique. Emoção e adrenalina, luxo e tentação são os temas dominantes. Transparências com blazers, vestidos coloridos como o esmeralda das mesas de jogo deixam vontade de brincar e divertir-se.
Gaetano Navarra fala: "I am fabulous and I know it", e escolhe os anos 60, 70, e 80 para a sua "party queen", estilo Bianca Jagger. Moschino Cheap&Chic viaja pra África com "Raffa", a girafa estampada sobre as t-shirts, enquanto Alessandro Dell' Acqua imagina mulheres selvagens com saltos de 18 cm.
Anna Molinari, Valentin Yudashkin de S. Pietroburgo e Jenny Packham concluem o quinto dia da maratona da moda milanesa.
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Fonte: Andrea Celentano
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