O sexto dia é o mais rico: tem Dolce&Gabbana, Laura Biagiotti, Krizia, Fendi, Max Mara, Jil Sander e John Richmond. Dolce&Gabbana inventam a mulher-cartoon, "New Sexy Glam", colocando algodão-em-rama dentro do body (valor = 1000 euros) para aumentar o tamanho (como Anita Ekberg, 58-95-94) sem passar pela cirurgia. "A mulher vai gastar muito menos que em uma operação, e nem precisa usar o bisturi" afirma Domenico Dolce, esperto. Esse body que parece uma couraça faz parte de uma coleção com muito plástico, PVC, Mikado (cetim japonês) misturado com verniz, plumas e tecidos que parecem o metal de um carro Cadillac, aliás tem bolsas e saltos transparentes, látex e vinil. A "Surgery Couture" de Dolce&Gabbana tem também saltos com estilo do designer Sottsass, estilo Memphis, para defender-se da violência masculina, paetês para a noite, bolsas feitas em côco.
Kylie Minogue mostra umas peças deles, enquanto depois do desfile muitos VIPs italianos comemoram, como Eros Ramazzotti e Simona Ventura.
Laura Biagiotti continua com a paixão pelo esporte e não se afasta do seu "branco", que apresenta com o campeão olímpico Stefano Baldini. As cores alternativas são laranja, azul, verde e amarelo, para uma mulher dinâmica e educada, que coloca ponchos, colete bordado em macramé, mini-vestidos dos anos 60 e óculos "over size".
Amuleti J fala que o vestido é a segunda pele, e inspira-se no Origami de Japão, com uma feminilidade feita de harmonia e luz, onde novas formas encontram novas liberdades. Calças compridas, tricôs leves, cores brancas e de ouro, representam um romantismo contemporâneo para uma mulher que se divide entre masculino e feminino desfilando em uma paisagem de montanhas e flores. A ítalo-brasileira Gaia Bermani Amaral assiste.
Fendi é futurista, com látex e neoprene, plástico e hologramas, cintos em metal, vestidos compridos em branco e preto, com uma visão do futuro.
Para Krizia, chifon anos 40, saltos muito altos estilo gueixa, saias triangulares, um pouco de tecido para cobrir o bumbum, chapéus em palha, cardigã em voil, trench (casaco inglês) transparentes para uma mulher sofisticada, agressiva e maliciosa, elegante e com personalidade, como Marlene Dietrich.
John Richmond comemora com Bar Rafaeli, Brian Adams, Clarence Seedorf, enquanto Dita Von Teese fica nua na festa da noite. O seu estilo é punk-chic com botas de biker e vestidos com flores, bondage e boulesque (práticas sexuais extremas), pesado e leve, redes e cristal, com alternação de branco e preto.
Muito luxo para Jil Sander, com vestidos de seda e chifon com cores amarelas, azul, verde, branco e prata, paetês e camisas com gola pequena e detalhes para uma feminilidade essencial e limpa.
Max Mara escolhe uma mulher "antropológica chique", com o pareô como vestido principal. Estampas tribais, faixas e alças (trelas) com pérolas embelezam o perfil, com tecidos de linho e algodão, até o neoprene para os vestidos.
A sexy Pocahontas de TrendLesCopains escolhe os índios de sul-americanos, com vestidos estilo indiano, plumas, pérolas e franjas, grandes colares e cardigãs beges e azuis.
De Emilio Pucci não se pode esquecer da mini-sereia, ou seja, o sapato com plataforma muito alta em PVC de 18 cm, e as estampas velhas da grife nas cores rosa e azul para kaftanos, biquíni, mini-vestidos, shorts e bolsas. Aigner usa franjas dos anos 70 e sapatos em prata, enquanto Borbonese volta às origens com a sua bolsa sexy em couro e avestruz, a colocar com camisas e kaftanos -vestido comprido e leve para o verão - com estampas de girafa.
Foto1: Laura Biagiotti Foto2: Dolce&Gabbana
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Fonte: Andrea Celentano
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