Sétimo dia de desfiles em Milão, Blumarine, Ferré e Versace no cardápio do dia. Anna Molinari, dona da grife Blumarine (e Blugirl), inspira-se nas campanhas de propaganda de Helmut Newton. Vários vestidos de noite com vestígios - pedaço de tecido que sobra no vestido de noiva - rosa (cor dominante) e mangas-balão concluem, com a música "Strangers in the night", esse maravilhoso e romântico show. Nos bastidores, Beatrice Borromeo, Manuela Arcuri, Barbara Berlusconi e Alberto Gilardino, jogador de futebol do Milan. "Não quero relações com a moda do passado ou do futuro" explica a estilista comovida, "eu sou assim, elegância e romantismo misturadas. Meu sonho é ver os meus vestidos na cerimônia do Oscar em Los Angeles". A sua é uma moda sem tempo, em evolução mais coerente, muito feminina e sensual, com tecidos leves como chifon, renda, tule, seda, algodão, e cores delicadas como branco, azul, e, em particular, rosa. Bordados e estampas de flores, jóia para cabelos, bolsas em PVC, saltos de crocodilo verde-esmeralda e rosa completam a coleção.
Gianfranco Ferré decide que o verão 2007 será dedicado ao descanso: ele estuda formas com linhas estilo Deauville, usa cetim preto, tailleurs brancos chiques acima da lingerie de renda preta, e, em particular, as camisas brancas. O estilo Ferré passa do dia, com a tradição esportiva e pernas nuas, até a noite, com franjas ciganas, voil e chifon, para uma mulher "ativa-chique" e "romântica". Acessório de classe, a bolsa pequena de crocodilo.
Donatella Versace quer ser "princesa": vestidos com sutiãs que exaltam os seios, minissaias, shorts compridos dão ibope às pernas, com sapatos de 14 cm, enquanto calças muito apertadas são uma ótima alternativa, como os casacos costurados e com bordados muito grandes e os casacos compridos em rosa bem feminino.
A noite é dadaísta, design da Escandinávia dos anos 50 que inspira limpeza e gráfica, com estampas que se tornam blocos de cores e desenrolam-se na silhueta feminina. Sandálias-jóias sem saltos com correntes douradas e pele cor platina aumentam, se possível, a feminilidade de Versace.
Prince toca música e canta depois do desfile, quando a multidão de convidados cresce e ninguém consegue mais participar da badalada festa.
Ermanno Scervino enche a passarela de espelhos, e mostra biquínis muito pequenos, vestidos de noite em preto, casacos em linho, vestidos vermelhos. Carmen Kass e Eva Riccobono desfilam para ele, cuja mulher inspira-se em Diana Vreeland, ex-diretora da Vogue América.
La Pampa argentina dos gaúchos está representada nas rudes calças e nas "bombachas", enquanto o chifon é vermelho Vreeland, as saias compridas até o joelho, e os microcoletes põem em evidência cardigãs compridos e blusas com linhas.
Iceberg é ouro e prata, para botões e zíperes. E cor, azul, amarelo, laranja e branco. E militar-sexy, com tecidos preciosos como aqueles dos pára-quedas.
No desfile de Dsquared2 quebra a passarela arrumada para os fotógrafos, mas ninguém tem problemas.
Os irmãos do Canada Dean e Dan mostram toda a sua extravagância, escolhendo Capri como ambientação. A coleção prevê calças com pences, camisas Oxford, t-shirts brancas, bolsas oversize. E tênis de saltos muitos altos.
Sportmax propõe sobreposições e contrastes de tecidos, chapéus e faixas dos anos 70. Luisa Beccaria estréia em Milão com a sua heroína estilo Gilda, hiperfeminina e luxuosa, Evisu continua com a tradição do seu denim e a novidade dos quimonos e Kei Kagami é muito austero com a sua fita metálica.
No final da tarde, a clássica Cividini, a moda essencial e limpa dos anos 50 de Ter et Bantine, o dinamismo "Urban Glamour" de Philosophy by Alberta Ferretti e o público over anos 40 de Gentucca Bini fecham o intenso programa do penúltimo dia de Milão Moda.
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Fonte: Andrea Celentano
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