André Lima abriu lindamente a 21ª edição da Casa dos Criadores, evento que reúne os novos talentos da moda, fazendo uma retrospectiva da sua carreira, desde seu primeiro vestido, que, inclusive, foi o primeiro a entrar na passarela.
E o que se viu no desfile foi, sem dúvida, um retrato fiel do estilo e trajetória do estilista. Grafismos, lurex dourados, um "sexy étnico", vestidos fluidos e esvoaçantes, malharia, estampas fortes e psicodélicas, tricôs grossos, quase parecendo uma tapeçaria, brilhos e mais brilhos. O make era de peles perfeitas, olhos marcados e batom cor de boca. Na cabeça, cabelos presos num coque alto, presos com arranjos que incluíam estrelas grandes de acrílico. Havia muitas new faces na passarela.
A idéia principal do estilista é que o desfile "tenha a cara do guarda-roupa de uma mulher." E ele atingiu seu objetivo.
MOSHE
O estilista Maurício Pollacsek marcou seu desfile com xadrez, muito xadrez, em malharia, que é sua preferência. Em entrevista concedida ao site Assunto de Modelo, contou que se inspirou no "grunge". Daí as camisas xadrezes. "Comecei a coleção me inspirando nas bandas de Seattle, como Pearl Jam e Nirvana, que eu ouvia muito. Mas a partir disso começaram a surgir alguns elementos étnicos dentro de uma coleção que estava sendo inspirada no rock. A princípio não entendi, mas depois me lembrei que, justamente nessa época em que eu ouvia essas bandas, eu morava em Israel, então obviamente eu peguei referências daquela época. Eu achei divertido ter o meu próprio olhar sobre o grunge, com as refêrencias árabes por exemplo, em meio à Guerra do Golfo. Eu me lembro que eu ouvia Nirvana com uma máscara de gás."
Funcionou, e muito bem! Vários moletons legais, ponchos coloridos, macacões maneiríssmos e, vamos combinar, é bem legal os meninos de macacão, não? Ainda mais com kippah. O máximo. As cores variam entre o laranja e verde petróleo.
O desfile contou com show durante todo o tempo.
MARCELU FERRAZ
O estilista optou por um visual mais sóbrio, com bastante marinho, preto, marrom e bege. O destaque vai para o corte impecável, com macacões muito bonitos e usáveis, vestidos em combinações de branco, bege e preto, que ficaram muito legais. Vimos mangas bufantes e femininas e saias mais volumosas. Os makes estavam também bem claros, na onda da nova tendência de maquiagem "pele perfeita".
A.NIMAL S.TREET H - ASH
Estréia com a tatuada top model Marina Dias abrindo o desfile que se caracterizou pelas estampas de grafites e uma moda bastante esportiva e casual. Mochilas, bastante xadrez, bermudas em malharia e jeans. Peças listradas em cinza e moletons grossos.
PAULA BERTONE E MÁRIO CATTO
A estilista Paula Bertone apresentou uma coleção feminina com bastante cinza, saias balonê, combinações de marrom e preto, com algum brilho. Os vestidos continuam no comprimento curto. Os cabelos eram naturais, soltos, com tiaras e muitos grampinhos.
Já na coleção masculina, vimos casacos de tapeçaria, coletes e muito branco e preto. Os paletós mais curtos e acinturados e o xadrez também apareceram bastante. As camisetas, muito legais, combinavam cores como marrom, cinza, verde musgo e roxo, além do preto, claro. Havia modelos de todos os tipos: uns lindos e outros mais comuns.
ROBER DOGNANI
O desfile começou com um lindo make, colorido e brilhante, que se repetiu durante todo o desfile. Sheila Baum foi uma das modelos do desfile. Balonês (de novo! Quando essa tendência vai passar, hein?), vestidos com volume nas saias ou nas mangas, calças de couro, muito preto, vestido com "anquinhas", bem curtos. Estavam ótimas as camisetas com estampa com cara de cidade. Mas vem a pergunta: porque tanto preto??
GUSTAVO SILVESTRE
O estilista optou por uma instalação, ao invés do desfile, onde se viu muitos vestidos pretos, com bordados e curtos. Make só de olho, sem batom.
Fonte: Emília Campos e Margareth Libardi
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