De 22 a 25 de novembro será realizado em São Paulo, o primeiro Bazar de Comércio Justo. O endereço do Bazar é av. Eliseu de Almeida, 1077, no Espaço Vila do Jardineiro - Butantã (Zona Oeste) e estará aberto das 11h às 20h, com produtos desenvolvidos por cerca de 400 artesãos, todos ligados a aproximadamente 20 entidades agregadas na iniciativa. Veja detalhes e alguns dos produtos em exposição no site HYPERLINK "http://www.solfairtrade.com/" \nwww.solfairtrade.com Algumas das instituições que fazem parte da iniciativa: - Aldeia do Futuro - Arte e Luz da Rua - Associação dos Artesãos dos Agulhas Negras - Oficina de Artes Boracéa - Projeto Arrastão - Associação Monte Azul - Bulk Arte Magazine - Cooperativa Mariense de Artesanato - Instituto de Pesquisas Ecológicas - Nova União das Artes - Projeto ADERE - Reciclazaro - Sabonetes Tawaya - Sicllo O CONSUMIDOR Para o consumidor de ofertas e promoções típicas de fim de ano, esse bazar é uma excelente alternativa para compras a partir de R$ 5,00, onde se pode encontrar artigos manufaturados de decoração e moda, com um estilo original. Mas para o emergente consumidor consciente, aquele que está atento à cadeia onde produtos e seus produtores estão inseridos, esse bazar oferece algo a mais. "Criar um mercado de comércio justo consiste em criar oportunidade para pequenos produtores, artesãos que em sua maioria, estão excluídos do mercado e do sistema produtivo, propriamente", define o casal Ana Paula e Will Mackarthur, que está promovendo a ação. "Pretendemos, a partir de agora, estar presentes em várias ações como esta, para, em breve, dar a largada em direção a uma rota próspera entre o Brasil e os EUA, levando o melhor da produção artesanal brasileira, e devolvendo em sustentabilidade para as entidades e para os artesãos que passam a fazer parte desta rede, expondo e vendendo seus produtos dentro das melhores práticas de "Comércio Justo". "Promover o Bazar para nós tem um sentido de primeiro passo dentro do contexto brasileiro, cujo planejamento de negócios depende, não só de um bom produto e de um mercado promissor, mas de estabelecer uma base forte para que cada um desses 400 artesãos consiga, efetivamente, viver de seu trabalho, produzindo de forma organizada e fazendo parte de um verdadeiro sistema produtivo, com prosperidade e perspectivas de crescimento", diz Ana Paula. "Nosso público-alvo tem dois pólos: o consumidor que está consciente de seu papel ao exercer o seu 'poder de compra', e também aquele que dá seu trabalho para esse contexto, e por isso estamos empreendendo nessa direção", completa. O casal está à frente da empresa Sol Fair Trade, que acaba de ser aberta na cidade de Seattle (EUA) e cuja proposta é a de estabelecer uma rota próspera e justa entre os dois países, levando para o mercado norte-americano o melhor da produção artesanal brasileira, um artesanato moderno, com design agregado e produzido em um contexto de sustentabilidade das pessoas que os desenvolvem e também ao meio ambiente onde os pólos de produção estão instalados. A modelagem do empreendimento é baseada nos princípios do ´Comércio Justo' e da 'Economia Solidária', tendências de forte apelo no primeiro mundo, mas que no Brasil já norteia 15 mil empreendimentos e gera U$ 2,5 bilhões de dólares/ano, segundo dados do IBGE. Um exemplo A Oficina de Artes Boracéa, instalada no Centro da cidade de São Paulo, à Rua Sérgio Tomás, 554, é um exemplo prático de como se estabelece uma cadeia produtiva de Comércio justo. Ela existe há 2,5 anos, hoje é mantida por um grupo de cinco artesãos e que dão treinamento a outras 13 pessoas, com capacitação para o trabalho de artesanato feito com jornais reciclados. Toda a equipe de treinamento e gestão é proveniente de albergues da prefeitura, tendo conseguido resgatar sua cidadania por meio do artesanato e reciclagem de jornal. Esta é a síntese de um dos elos da cadeia produtiva do Comércio Justo. "A gente consegue, inclusive, pagar o aluguel da nossa oficina com o dinheiro que ganhamos com esse trabalho. O modelo, a gente vem replicando aos nossos aprendizes, para que cada vez mais gente possa seguir seu próprio caminho e com o seu próprio trabalho", esclarece Edson dos Santos, um dos integrantes da oficina. "Produzimos bijuterias, cestos, painéis, jogos americanos, todos com design, cor e bom gosto, que valorizam o nosso trabalho e a nossa criatividade". Para a exposição a Oficina Boracéa deverá destinar um representante do grupo, e um mix de produtos que vai de R$ 5,00 a R$ 280,00. O telefone da Oficina Boracéa é (11) 3533-3307.
Fonte: SANDRA G. DE ANGELIS
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