O segundo dia de desfiles foi muito legal. O Projeto Lab abriu a noite com a espanhola estreante Ianire Soraluze, que entrou na passarela com beges, marrons e florais, fugindo um pouco do preto, que imperou na noite anterior. Tricôs leves muito bonitos e casaquetos tipo "capinhas", dando um ar romântico. A saia com barrado estampado é uma graça, assim como os casacos com golas grandes, cobrindo o pescoço.
O make com bocas brancas ficou legal ao vivo, mas nas fotos o visual não causou o mesmo impacto. Mas foi uma boa estréia, principalmente por ter fugido das cores tradicionais.
ANDRÉ PHERGOM
O make de blush bem marcado trouxe destaque. O vestido preto, em formato "A", com sapatilhas baixas, está com tudo no inverno, principalmente com meias fio 60. As bermudas e calças são bem justas, inclusive as masculinas que, apesar de interessantes visualmente, são um pouco difíceis de usar, já que é sabido que os meninos gostam de roupas mais amplas.
Muito preto e cinza, para variar (!), e uma jaqueta preta com vários botões bem bacana. As várias peças elaboradas com o tecido xadrez, branco e verde ficaram muito bonitas. Destaque para o vestido preto e marrom, aberto nas costas, com gola de pele bem alta e a jaqueta cinza.
RAQUEL GAETA
A estilista abriu com um azul muito bonito, tricôs e calças de alfaiataria. As cores tramitaram entre o cinza e roxo. O casaquinho listrado é uma graça e as combinações de azul, mostarda e marinho funcionaram maravilhosamente bem. Destaque para o vestido de tricô, fofo, mas rolaram também calças de tricô. Os acetinados estão nas blusas e vestidos. Ela ousou nas cores e fez um ótimo desfile.
Na passarela, modelos de quadris largos e pernas grossas, detalhes não muito comuns no mundo fashion.
PATRÍCIA GERBER
O desfile virou performance. Padeiros de calcinha e camiseta molhados. Difícil de entender. Nos pés das meninas, sapatilha prata.
P'TIT
A grife, formada pelos estilistas Anna O, Heloísa Faria e Leonardo Negrão na criação, abriu o desfile dos estilistas mais antigos e mostrou bastante preto também, com xadrez e brilhos. Foi usada a meia-calça cinza no lugar da tendência em preto. Florais em verde, azul e rosa. Destaque para a blusa azul, meio furta-cor, muito bonita, e a calça marrom e azul bordada.
IVAN AGUILAR
A alfaiataria é o forte do estilista, que fez um desfile masculino impecável. A jaqueta de couro cinza, meio "durinha", que abriu o desfile, se contrapõe à leveza da calça e dá um charme especial. As calças, vale comentar, não estão mais afuniladas e as gravatas estão mais finas. O costume preto, muito bem cortado, foi destaque e parece ser o diferencial do estilista. Destaque também para a capa de plástico meio transparente e o casaco de couro cobre, muito lindo. Os casacos com estampas, parecendo emborrachados, também agradaram.
Os tops Gabriel Grandi e Léo Capote, ambos da Ford, participaram do desfile.
FABIANA BAUMAN
Roupas bem usáveis, combinações de cinza com amarelo nas estampas, que ficaram interessantes. Estilo comportado com charme. Os conjuntos de malha grossa têm recortes bonitos e modernos. Vestidos curtos e em tricô bege, com cáqui e roxo. Destaque para a blusa listrada com faixa roxa na cintura.
WEIDER SILVEIRO
Visual baseado em calças pretas, tipo couro com efeito brilhoso ou vinil. Apresentou casacos com golas grandes e abotoamento lateral, muito bonitos. Vestidos de malha, cinturas marcadas por cintos e saias balonês marcaram o desfile. Os tricôs também se destacaram. Rolou até calça de montaria! O make tinha delineador bem marcado nos olhos.
BRIZA
O desfile rolou ao som da música tema do filme "De olhos bem fechados", de Stanley Kubrik, mas a referência é o clássico "Metrópolis", de Fritz Lang. Boa malharia. As cores variaram entre o cinza, preto e marrom. Vestidos legais com decote reto e alças grossas ou mangas bufantes. Peças com volume e até um vestido drapeado com armação. Destaque para o macacão preto, sem costas, e o vestido preto de abotoamento lateral. Apareceram algumas calças bag que causaram espanto.
WALÉRIO ARAÚJO
Entrada forte, com preto e branco em malharia estampada. Vestidos com a mesma estampa, em vários modelos diferentes, para todos os gostos. Laços, babados, volume e aplicações de pérolas. Tubinho preto lindo, estilo "bonequinha de luxo", com faixa na cintura e laço nas costas. Volume e armação nas saias, num look meio anos 50. Muita textura. Capas transparentes. Definitivamente não é para mulheres básicas.
O vestido preto, estilo vitoriano, com laços, babados e volume fez bonito. Mas o que arrasou mesmo foi a entrada do próprio estilista, como sempre de salto alto e divertido, arrancando vários aplausos.
Entre as agências de modelos participantes do evento estavam BRM, Dolce, Elite, Ford, One, Wit e Ego.
Fonte: Emília Campos e Margareth Libardi
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